Eu.
Sim é de mim que falo.
Tantas vezes fui amor
Fluí, jorrei, encandeci
Foram eras era como se fosse
sem ter sido...
Estou outra vez amando
como todas as outras vezes.
Mas em uma só mão, dou-me
sem esperar constituir-se, dou-me!
É imenso o amar assim como o amar, meu mergulhar
é inteira nessa profundeza desconhecida.
Ora amigo, irmão de comunhão
ou descompasso de união, és como sou.
Um olhar, mais outro num sorriso, a confissão
de um sentir destemido gerando o revelar constrangido.
Sim, sou eu, e já não dorme a ternura, acordou com a revoada
de pássaros que ganhou alturas e pousa nas estrelas à cantar.
Ainda viva, liberto os sonhos e contemplo seu emaranhar
nas auroras resplandecendo a esperança
E já não importa se a teia sustenta o peso de amar
ainda posso fechar meus olhos e vislumbrar o realizar.
Valquíria Calado
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